terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Que Saudade do tempo de menino!

“Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino, e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino”. 1Co 13.11 NVI

Eu estava olhando as crianças soltando pipa, e lembrei-me de alguns anos atrás. Viajei. Fui até a minha infância. Que tempo gostoso! Soltar pipa, jogar bolinha de gude, rodar pião, brincar de futebol de rua, estrela-nova-cela, mãe-da-rua, e mais: esconde-esconde, passa-risca, rouba-bandeira. Que saudade do carrinho de rolimã, da patinete, da perna-de-pau, de andar sobre as lata, de cavalinho e tantas outras brincadeiras. Talvez, você que lê este texto também sente muita saudade da sua infância, momentos eternos que lutam pra não fugir da memória.
Hoje as brincadeiras mudaram. Já não se fabricam brinquedos caseiros. Brinquedos feitos com chinelos, com tampinhas de garrafas, sabugo de milho, retalhos de pano, pedaço de madeira. Até os pipas, já vêem prontos, abandonaram a arte de afiar as varetas e dar uma de artista na elaboração das cores. hoje, as crianças são ensinadas a não criar nada, pois é melhor consumir o que está pronto. “Não há mais alegria” na simplicidade, no carrinho, nas bonecas, na construção da pipa, nas brincadeiras de rua. A vez agora, são dos brinquedos e jogos eletrônicos, dos controles, das bonecas que falam sozinhas, pra quê a invenção de uma possível voz?
Quando não existe o espaço para essas coisas de menino, a criança cresce, mas , cresce com sua infância roubada.
Acredito que o apóstolo Paulo no versículo citado acima, não está condenando as brincadeiras de menino. Mas, a infantilidade dos adultos.
Ser adulto para Paulo não é deixar de sorrir, deixar de brincar ou ignorar a meninice dos meninos e meninas. Ser adulto é viver a vida com intensidade, maturidade e perspectiva. Não é viver num faz-de-conta! Quando uso minha experiência para massacrar os outros; faz-de-conta que amo , mas, não consigo ser solidário e etc... Essa é a infantilidade do adulto, do jovem, de quem não é mais criança. pois para a criança, todas as cores são lindas, não há pré-conceito, não existe maldade e quando dói ela chora! grita!
O homem, não é menino quando valoriza as brincadeiras de menino. Ele é menino quando as ignora, quando não se diverte com a vida que tem, família, amigos e com sigo mesmo. Viva cada momento intensamente.
Pastor Wagner José da Silva

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